10 Dicas sobre equalização

01– NÃO EQUALIZE: o posicionamento do microfone é o seu melhor equalizador! Antes de “meter a mão” no equalizador, ESCUTE. Defina qual o som que você está buscando e tenha-o em mente. Não saia equalizando sem ao menos escutar o que vai fazer. Use os filtros HPF e LPF quando necessário.

02– Evite equalizar em isolamento (com o canal “solado”). É muito comum um canal não soar bem solado, mas dentro do contexto da mix funcionar perfeitamente. Dica: Ao invés de “solar” o canal para fazer algum ajuste, tente aumenta-lo e fazer a alteração desejada.

03– As vezes o botão de mute é o equalizador mais eficaz. Se algo não está funcionando, não está soando como você imaginou e mesmo equalizando ele não se encaixa na mix como você espera, é melhor reavaliar o arranjo e perguntar a si mesmo se esse instrumento realmente pertence à mistura. Lembre-se: nem todos os elementos têm de estar tocando tempo todo, um arranjo interessante evolui e muda ao longo da música.

04– Pese primeiro em atenuar uma frequência do que aumentá-la.
Ex: Um instrumento soa sem brilho, antes de elevar os agudos, ja experimentou atenuar o grave?

05– Esteja atento aos instrumentos que atuam nas baixas frequências(baixo, bumbo, surdo, ect); Lembre-se que elas tem um comprimento de onda maior do que as de alta e levam mais tempo para desenvolver, em última análise, ocupará muito espaço na sua mixagem, por isso é comum a cortar agressivamente as baixas usando um filtro passa altas (HPF) , canais e instrumentos que não ocupam essa região. Muitas mixagens soam mal por não terem sido trabalhado corretamente as baixas. Graves embolados é um problema muito comum e distribuir corretamente as frequências aos instrumentos dessa região, é a chave para obter uma mixagem limpa e com graves definidos.

06– Respeite as características de cada instrumento. Não da maneira onde não pode ser usado a criatividade para criar um novo timbre, quando digo “respeitar” quero mostrar que os instrumentos atuam em uma faixa de frequência, ou seja, nada adianta aumentar uma região que o instrumento não responde. Dica: use um analisador de espectro para visualizar o “range” de freqüência que o instrumento atua, mas lembre-se que ele não é um substituto do seu ouvido!

07– Não use presets! Cada instrumento tem sua característica única. Nessa hora deixe a preguiça de lado, invista na sua criatividade, busque um novo som, aperfeiçoe sua técnica. Tenha o seus presets como ponta de partida em sua mix, e não como solução para todas as trilhas pois não funciona.

08– Diferentes tipos de música e rítmos tem abordagens diferentes quanto a equalização. Esteja por dentro do estilo que vai mixar, busque uma referência, ESCUTE!

09– Pense que no fim da sua mixagem, cada instrumento deve ter o seu espaço, deve atuar na sua região de frequência. Colocar dois instrumentos em regiões próximas pode fazer com que um mascare o outro. Exemplo: trabalhar com o bumbo atuando em 80hz e o baixo com um “boost” na mesma região fará com que um dos dois suma da sua mix.

10– Não há uma receita! Como sempre gosto de exemplificar a Mix é com um bolo, que quando se usa bom ingredientes (boa gravação), se tem uma boa receita (Criatividade) e um bom padeiro (Produtor), teremos um bom bolo (Mixagem). Por isso pense nisso antes de sair equalizando.

 

Fonte: Audio Reporter