Monitores de referência X Caixas de som

Tem um momento em nossa vida que seja você Produtor, Engenheiro de Mixagem ou Masterização que tomamos uma decisão. Comprar um monitor de referência (primeiro par ou novos).
E pra quem passou a vida inteira produzindo, mixando e até arriscando masterizar (bota arriscado nisso) em “caixinhas de som” que acompanham o computador, ouvir seus trabalhos anteriores em monitores de referência pode ser frustrante.

Escolhendo e comprando seu monitor de referência.

Com certeza você pesquisou na Internet:

“Qual o melhor monitor?”, “Melhor Monitor Custo X Beneficio?”

Escolher um monitor de referência não é uma tarefa fácil, primeiro que dificilmente você poderá ouvi-lo antes de fechar negócio. Ou seja, é uma compra no escuro. Só nos resta recomendações de amigos e pesquisa em fóruns, que nos deixam muitas vezes mais confusos.

Uma dica: Caso conheça alguém que permita que você escute e faça um teste drive, não perca tempo:

“É A MELHOR MANEIRA DE SE ESCOLHER UM BOM MONITOR DE REFERÊNCIA”.

Escute uma musica que você conheça muito bem, principalmente os detalhes. Se você conseguir ouvir algo diferente do que sempre escutou na musica, isso é um bom sinal. Bons monitores tendem a “mostrar” algo que não se consegue ouvir nas caixas de som comuns, como um reverb bem sutil nos vocais, um delay nos teclados “puxando” pra direita, etc…

Se não conhecer ninguém, será complicado escolher. Ler sobre monitores ajuda, mas não tanto quanto poder ouvi-los. Os reviews em sites especializados são uma boa saída. Pois são testes feitos por profissionais e, quase sempre fazem comparação com outros modelos de mesmo nível e preço.

Por falar em preço, isso nem sempre é sinônimo de qualidade, chega uma momento que seus ouvidos não percebem mais diferença entre um monitor ou outro. Então teoricamente se você já possui bons Monitores de referência, já está acostumado e sabe o que esperar deles e os confia seus ouvidos. Não será vantagem comprar outro par tão cedo.

Todas essas dicas você confere no curso Pro Mastering, confira.

Comprei meu par de monitores de referência.

Que tal escutar seus trabalhos antigos?
Com certeza você vai querer ouvir sua produção predileta que se orgulha muito, vamos lá.
Opa! O que aconteceu com o bumbo? Muito alto e presente!
E o reverb está muito exagerado, vocais baixos… etc.
Em menos de um minuto você vê sua obra de arte se transformar em um trabalho amador.
Você pode até pensar que é problema nos seus monitores novos, mas, sinto muito, ele pode estar lhe mostrando a verdade!

Conclusão.

Agora pense comigo, quando ajustamos os níveis das pistas em caixas de som comuns, corremos o risco de NÂO ouvir o que realmente está sendo mixado, o que é chamado por alguns de “ponto cego”. (Frequência  ou detalhe que suas caixas não conseguem reproduzir, e por consequencia, você não vai ouvir). As caixinhas de som não são feitas para reproduzir sons graves, e quando aumentamos o nível do bumbo até conseguirmos ouvi-lo é porque “ele já esta lá faz tempo”. Resultando em um nível acima do que desejamos. Geralmente essas caixinhas só reproduzem uma determinada faixa de frequência central. Ou seja, sem graves e poucos ou raros agudos. O que nos faz pensar que o nível dos vocais estão “no ponto”. já que ouvimos exageradamente os médios.

Lendo todo esse artigo você deve ter percebido que tudo gira em torno de seus ouvidos e como o próprio nome diz, são monitores de referência, ou seja eles serão apenas uma referência para você, e se aproximar ao máximo do original, ter ouvidos treinados não tem preço que pague. Perceber pequenas diferenças de uma mesma coisa (nuances) faz parte de um bom profissional na area de produção musical. Saber quando se deve baixar miseros 1dBfs no bumbo por exemplo, pode parecer bobeira, mas pode fazer toda a diferença no fim de um belo trabalho.

Agora que você já escolheu seus monitores, aprenda a posiciona-los corretamente neste artigo: Clique aqui